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Somos estudantes que não suportam mais conviver com toda esta palhaçada politiqueira que tomou
posse de nossos CAs, DAs, Grêmios, Atléticas, DCEs, e de todas as entidades que supostamente
deveriam existir em função de nossas necessidades, mas que estão aí somente para fazer política
partidária.
Queremos reconstruir nossos espaços, para sejam voltados primeiramente a atividades culturais e
acadêmicas, para que sejam lugares de participação e integração voluntária, onde cada um possa dar o
melhor de si, sem estar sendo usado pelo partido A ou B.
Porque acreditamos que hoje as coisas estão invertidas. Ou seja, hoje em dia as entidades de
estudantes não são mais do que quadros nas mãos de politicóides, que acabam impedindo o aparecimento
de um verdadeiro movimento de estudantil de base. Para as coisa se acertarem, devemos reverter esta
ordem confusa, para que, quando um grupo de estudantes tiver propostas na esfera políticas, levem
suas idéias e exigências aos partidos e autoridades, como melhor lhes pareça, e para que não sejam
simples eco de partidos mortos.
E isso SE e somente SE estiverem desenvolvendo alguma atividade do gênero, porque ao contrário do
que eles ordenam, uma associação de estudantes pode muito bem ater-se exclusivamente a atividades
culturais, e quem quizer fazer política que vá filiar-se em algum partido.
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Para atingir este objetivo estamos fundando uma nova Associação Nacional de Estudantes, que deve
ser diferente em TODOS os aspectos da UNE/UBES do PC, PT, PSTU, PDT, MR-8, PQP e toda essa trolha que já morreu
e ainda não sabe. Devemos sobretudo funcionar exclusivamente como um democracia direta, reconhecendo
o direito ao voto de cada estudante e de cada grupo estudantil. Em segundo lugar devemos restaurar
os direitos dos estudantes, que foi reduzido ao direito dos sócios de carteirinha dessas entidades
autoritárias que reproduzem seus esquemas político-corruptos por todo lado onde se metem.
Começamos já! Não temos nada além de nossa vontade e determinação, somos poucos e lutamos contra uma
máfia que está por todo país; e no entanto o que fazemos hoje não pode ser interrompido, porque é o
que todo estudante deseja, é o que se escuta por todo lado: ninguém mais aguenta essa politicagem e
todo mundo diz que a hora de fazer algo é agora.
Trabalhamos em cada escola ou faculdade onde houver um único estudante que seja, disposto a dedicar
parte de seu tempo, seja uma hora por dia, um dia por semana ou mesmo um dia por mês.
E tocamos a bola com todos que estejam dispostos a fazer as coisas de um modo novo, democrático,
solidário e tolerante. Sejam eles estudantes secundaristas ou universitários, de escolas públicas ou
particulares.
Com aqueles que sabem o que querem e com aqueles que não suportam mais a atual exploração e sabem o
que não querem mais.
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